FRANÇA COM OS OLHOS NO GRAND SLAM

UMA PREVISÃO CALMA PARA A ÚLTIMA JORNADA DO 6 NAÇÕES, onde se espera a confirmação da França como vencedora do Grand Slam, e da Irlanda na segunda posição, apesar da oposição escocesa.

País de Gales e Inglaterra fazem diversas substituições, mas se os galeses devem ganhar com a Itália, os ingleses dificilmente evitarão o massacre em Paris.

Veja o que nos diz o Rui Afonso.

País de Gales – Itália

Sem qualquer hipótese de atingir os lugares cimeiros da tabela e com a vantagem de enfrentar em casa a equipa menos experiente da competição, o País de Gales alinhará com cinco novidades em relação ao último jogo. Registam-se os regressos do médio de formação Mike Phillips, do capitão e terceira linha centro Ryan Jones, do pilar esquerdo Gethin Jenkins, bem como as entradas do ponta Tom Prydie e do asa Sam Warburton.

Gatland justificou as alterações pela oportunidade de dar minutos importantes a jogadores que, ou por lesão, ou por pouca experiência internacional ao mais alto nível, não têm feito parte das suas escolhas.

Estes poderão aumentar o leque de soluções a uma equipa que se quer competitiva num futuro próximo, depois de um torneio francamente desapontante.

Por seu lado os italianos procurarão destabilizar ao máximo um País de Gales fragilizado, com um conjunto de jogadores que até já deu algumas alegrias aos adeptos nas passadas semanas: recorde-se a vitória caseira frente à Escócia e a boa exibição frente à Inglaterra em Roma.

Equipas prováveis

País de Gales

1- Jenkins 2- Rees 3- A. Jones 4- Davies 5- Charteris 6- Thomas 7- Warburton 8- R. Jones (c) 9- Phillips 10- S. Jones 11- Williams 12- Roberts 13- Hook 14- Prydie 15- Byrne

Banco: Bennett, James, Gough, Delve, Peel, Bishop, Shanklin.

Itália

1- Perugini 2- Ghiraldini (c) 3- Castrogiovanni 4- Geldenhuys 5- Bortolami 6- Sole 7- Bergamasco 8- Zanni 9- Tebaldi 10- Gower 11- Bergamasco 12- Garcia 13- Canale 14- Masi 15- McLean

Banco: Ongaro, Aguero, Del Fava, Derbyshire, Canavosio, Bocchino, Robertson.

Previsão: Vitória expressiva dos galeses. Apesar do mau momento, os galeses vêem regressar à sua equipa algumas peças fundamentais, como Gethin Jenkins ou Mike Phillips. Contra uma Itália famosa pelo poder da sua formação ordenada, a inclusão de Jenkins pode equilibrar a balança neste aspecto do jogo, assim como o tão esperado regresso de um dos melhores médios de formação do mundo pode incutir muito ritmo à linha de três quartos galesa que, como vimos em anos anteriores, é capaz de fazer estragos a qualquer equipa.

Irlanda – Escócia

Agradado com as últimas exibições do seu conjunto, Declan Kidney não fará mudanças na equipa que defrontará a Escócia no Croke Park.

Apesar das dúvidas sobre a disponibilidade física de D´Arcy (centro), Healy (pilar) e Wallace (asa), tudo leva a crer que estes estarão aptos para disputar o último jogo do torneio.

Andy Robinson também não fará alterações.

O empate conseguido frente ao conjunto inglês dá segurança ao treinador que sente que a equipa está cada vez mais bem preparada para os grandes desafios.

Equipas prováveis

Irlanda

1- Healy 2- Best 3- Hayes 4- O’Callaghan 5- O’Connell 6- Ferris 7- Wallace 8- Heaslip 9- O’Leary 10- Sexton 11- Earls 12- D’Arcy 13- O’Driscoll (c) 14- Bowe 15- Murphy

Banco: Cronin, Buckley, Cullen, Jennings, Reddan, O’Gara, Kearney.

Escócia

1- Jacobsen 2- Ford 3- Murray 4- Hamilton 5- Kellock 6- Brown 7- Barclay 8- Beattie 9- Cusiter (c) 10- Parks 11- Evans 12- Morrison 13- De Luca 14- Lamont 15- Southwell

Banco: Lawson, Dickinson, Gray, MacDonald, Blair, Godman, Danielli.

Previsão: Vitória da Irlanda. A equipa está motivada pelas duas vitórias consecutivas contra adversários complicados. Se, na terceira jornada, a equipa campeã em título foi ganhar em Twickenham (terreno em que raramente venceu ao longo da história), na semana passada dominou por completo o País de Gales com três ensaios bem conseguidos, que revelaram uma solidez colectiva que insistia em não aparecer.

França – Inglaterra

O jogo mais aguardado da derradeira jornada do torneio realizar-se-á no Sábado, no Stade de France.

A equipa mais forte da competição conta com o regresso a 100% da grande revelação do torneio, o jovem segundo centro de 21 anos Matthieu Bastareaud.

Depois da boa exibição contra a Itália, Marc Andreu jogará igualmente a titular.

Após muitas experiências com poucos resultados, Martin Johnson fará seis alterações no XV inicial para esta partida, o que é revelador da instabilidade que se vive no seio da selecção inglesa.

Para o lugar do defesa Armitage, do centro Tait, do ponta Monye, do médio de abertura Wilkinson, do asa Haskell e do segunda linha Deacon, entrarão Foden, Tindall, Ashton, Flood, Moody e Shaw respectivamente.

Equipas prováveis

França

1- Domingo 2- Servat 3- Mas 4- Nallet 5- Pierre 6- Dusautoir (c) 7- Bonnaire 8- Harinordoquy 9- Parra 10- Trinh-Duc 11- Palisson 12- Jauzion 13- Bastareaud 14- Andreu 15- Poitrenaud

Banco: Szarzewski, Poux, Chabal, Lapandry, Yachvili, Marty, Malzieu.

Inglaterra

1- Payne 2- Hartley 3- Cole 4- Shaw 5- Borthwick (c) 6- Worsley 7- Moody 8- Easter 9- Care 10- Flood 11- Ashton 12- Flutey 13- Tindall 14- Cueto 15- Foden

Banco: Thompson, Wilson, Deacon, Haskell, Youngs, Wilkinson, Tait.

Previsão: Já ninguém acredita que esta França não conquiste o Grand Slam. Foi superior às suas congéneres em todos os momentos do jogo, foi subindo de forma de jornada para jornada, jogando um rugby completo, muito sólido e, ao mesmo tempo, muito atractivo.

Se na primeira partida (e nos tests matches do ano passado) revelou ainda algumas dificuldades de entrosamento entre os dois sectores, o mesmo deixou de se verificar, sobretudo a partir do jogo com a Irlanda, que, em princípio, se consagrará no Sábado como a segunda melhor equipa do Hemisfério Norte da actualidade.

Marc Livremont tem ao seu dispor um conjunto magnífico de jogadores de quem já se pode esperar tudo. Não são apenas os quinze titulares, vimo-lo com a grande exibição de Marty na jornada passada, ou com o bom contributo de jogadores como Szarzewski, Chabal ou Malzieu ao longo da prova.

Se a estes acrescentarmos nomes como Rougerie ou Dupuy, por exemplo, percebemos que esta França poderá ter uma palavra a dizer no Mundial de 2011.

Aparentemente, o único factor que poderá tornar esta equipa vulnerável será a capacidade de reagir à pressão, quando perante uma surpresa menos boa.

Como já nos provou tantas vezes a história do rugby…

Veja o quadro dos jogos e o Cara A Cara entre as equipas.

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